2005/09/22

Parabéns Gonçalo

O dia tinha nascido cheio de sol
Como a anunciar-me a tua chegada
E tu chegaste por volta das 23h20m
Do primeiro dia de Outono
E déste o teu primeiro grito
Como que a dizeres-me,
Mãe, estou aqui!
E eu olhei os teus olhinhos
E vi a tua primeira expressão
Quando te deitaram sobre mim
E essa expressão que lembro até hoje
Ficará em mim para todo o sempre
O mundo ficou pequeno demais
Com a tua chegada
Tu passaste a ser o meu mundo
Um mundo que eu vou seguindo
E amando mais e mais há doze anos
E vamos distribuindo sorrisos
Lado a lado carregados de ternura
E tu cresceste tão depressa, Gugas
E eu lembro as noites de insónia
Em que te embalava nos meus braços
E te cantava as canções
Que pedias para mim
E emocionada lembro
O primeiro dente, a primeira gargalhada,
A primeira palavra e os primeiros passos
E continuo viajar no tempo
E lembro o primeiro dia de aulas
E a tua mão presa à minha
Como que a pedir-me, não me deixes aqui
E tu ficavas a chorar por um lado
E eu saía lavada em lágrimas pelo outro
Como é bom este recordar passo a passo
Por isso...
Quero dizer-te, MEU FILHO
Que chegaste na hora certa
Para iluminar os meus dias
E tu hás-de crescer ainda mais
Num homem te irás tornar
Ainda assim serás sempre o menino
Que eu continuarei a embalar.

Um beijo grande

2005/09/19

Tu és...

Tu és a seiva
Que cresce em mim dia a dia
E assim sigo amando-te
Em perfeita sintonia
Outras, deliciosa fantasia
Num mar que ondeia em mim
E no correr dos meus dias
Nem sempre te vejo
Nem sempre te falo
Mas sempre te sinto

Tão só porque tu és
A seiva que cresce em mim dia a dia...

2005/09/17

Recordando Aromas Do Mar

Hoje...

Hoje
Olhei-te
Sem te olhar
Senti-te
Sem te tocar
E amei-te
Como só eu te sei amar!

2005/09/16

Fala-me...

Fala-me...
Dos vazios e tormentos
Das noites de insónia
Dos dias passados sem vontades
Dos teus medos e receios

Fala-me...
Das andorinhas que só voam na primavera
Dos melros a chilrear nos ninhos
Do azul do céu
E das noites de lua cheia

Fala-me...
Dos teus anseios e devaneios
Do brilho dos meus olhos
Do som da minha voz
Do tempo que passamos juntos

Ou se preferires...
Fala-me simplesmente de AMOR!

2005/09/15

E foi assim...

Chamavas-me a tua Penélope
E eu chamava-te o meu Caminhante
E ao som de Serrat e muitos outros
Caminhamos juntos
Subimos montes
Palmilhamos quilómetros de estrada
Partilhamos beleza,
Emoções e agruras
Um dia...
Subia eu a montanha
Procurando o arco-iris
Tu descia-la pelo outro lado
E nunca mais nos encontramos

2005/09/14

Um adeus adiado...

Segue o caminho combinado
Mas não o encontra
Caminha cabisbaixa
Pela baixa
E a cidade acordada
Adormece-lhe os sentidos
Segue sem destino
E encontra em cada rosto
O sorriso que procura
Sufoca o gemido
Preso na garganta
Continuando a caminhada
E eis que atrás de si
Ouve a voz tão esperada
Que num murmúrio lhe diz
_"Sempre que dizemos adeus
Eu morro um pouco"

2005/09/13

A Palavra...

A palavra tantas vezes repetida
Não foi proferida no encontro
Dos nossos olhares

A palavra tantas vezes repetida
Não foi sentida pelo entrelaçar
Das nossas mãos

A palavra tantas vezes repetida
Não foi mastigada pelo unir
Das nossas bocas

A palavra tantas vezes repetida
Ficou caída naquela noite de nevoeiro
Que turvou o nosso olhar

A palavra tantas vezes repetida
Não foi nem será esquecida...

2005/09/11

Grito...

E assim me passeio
No meu e no teu meio
E olho ao redor
E não te vejo
E grito em desespero
E tu não me ouves
E estendo-te a mão
E tu não a agarras
E eu sei que tu estás lá
Onde eu nem sempre estou...

...

[Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou
...
Às vezes sou também um SIM alegre
Ou um triste NÃO
...
E troco a minha vida por um dia de ilusão...]

2005/09/09

...

Queria ser um pássaro
E poder voar para ti

Queria ser árvore
Para te entrelaçar com os meus ramos fortemente

Queria ser mar
Para te ver rebolar sobre a espuma das minhas ondas

Gosto de ser Mulher!

E amar-te assim nesta plenitude
De quem quer chegar ao infinito do teu ser...

2005/09/07

Recordando Aromas Do Mar

Tempo...

Parei na janela do tempo
Olhei-o
E percebi o quanto é implacável
Caminho ao longo da praia
Vejo uma luz ao longe
Cada dia mais difusa
Procuro-te e procuro-me
Na voz que me chega
Não encontro o som
Outrora de languidez
De um amor que se julgou forte
Eu mudei
Tu mudaste
E ambos deixamos
Que o tempo parasse
O brilho dos meus olhos
Já não te iluminam mais
Neste tempo
Que já não é sequer tempo
Um dia quem sabe
Talvez tu me chegues
No tão falado cavalo branco
Como no reino dos sonhos
E talvez aí
O tempo
Passe a ser
O nosso tempo

2005/09/06

Dos Setembros...

Faço uma pausa na minha vida
Para trazer à memória
Os setembros passados
E lembro o verde que se vai transformando em ocre
E o tanque de água fresca onde nos banhávamos
Os cantares ao desafio
Do acordar ao som do chilrear dos pássaros
Das noites passadas sob a ramada
Do aroma das uvas
Das conversas e das desfolhadas
Da água bebida do poço
E do cheiro a terra molhada
Corro o verbo, viajo no tempo
E lembro também
Que nunca me esqueci de ti

2005/09/04

4 de Setembro...

Hoje é um dia especial
De comemorações a fazer
Anos que passam a correr
Coisas que ficam para sempre
Guardadas em nós e no nosso saber
Hoje é o teu dia especial
Podia ser o nosso, mas é o teu
Por isso o foste festejar
À tua volta os amigos devem estar
E eu deixo-te esta música
Para a poderes saborear...

2005/09/03

Recordando Aromas Do Mar

Falésia...

Tinha a falésia toda sobre mim
O mar batia revolto nos rochedos
Como que a lembrar-me toda a sua imensidão
E eu caminhava descalça
Relembrando meus dias de menina
Passados junto ao mar
Lembrei as tardes ventosas
De cabelos ao vento
E fui ouvindo o chamamento
Era a tua voz forte
Que num canto suave
Me dizia
Vem...
E eu fui entrando
Naquele mar cor de prata
À procura da voz
Que murmurava,
Estou aqui
Vem...
Os nossos olhares fixaram-se
As nossas mãos encontraram-se
E amamo-nos
Sobre nuvens de espuma

2005/09/01

Sabes...

Hoje apenas queria deixar a melodia tocar
Ela fala tanto por mim
Que palavras se escusam
Mas embalei na letra
E embalo o sonho
E fito as mãos cansadas de esperas
E sinto que o brilho dos meus olhos
Continua a iluminar-se
A cada palavra soletrada do teu nome
E o coração galopa galopa
E ameaça saltar-me do peito
E a efervescência que sinto
É o sangue que corre nas minhas veias
Ansiosas por se cruzarem com as tuas
E volto a embalar na melodia
E imagino a orquestra
Que toca só para nós
E páro por uns segundos
E com um sorriso rasgado, penso
E tão simples é o amor!


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